NAR

NAR - Núcleo de Arte de Riachos, é um núcleo do Museu Agrícola de Riachos, onde estabelece a sua sede.

Rege-se pelo seu Regulamento Interno e pelos Estatutos da ADPHNRR - Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural da Região de Riachos.

Visa especificamente preservar, apoiar, promover, divulgar, e desenvolver as Artes e a Cultura em Riachos.

Os artistas encontram-se e desenvolvem as suas actividades artísticas e criativas
num espaço denominado OFICINA d'ARTE



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Poetas e Poesia

Poema de cada um dos poetas do NAR analisados nos Encontros anteriormente realizados: Manuel Carvalho Simões, Martinho Branco, Chico da Clara e Teresa Gonçalves.

Dia do Trabalhador

Ao trabalhador que trabalha a terra
Dobrado pela cintura, sofrendo dor
Ao frio, à chuva, ao pó e ao calor,
Gemendo logo após a ferra.

Ao ferreiro que trabalha o ferro
A frio, a quente, rijo, sujo e pesado
Ao fim do dia rendeu, ficou cansado
Triste e aborrecido se fez um erro.

Ao pedreiro, ao carpinteiro, ao professor, ao alfaiate,
Engenheiro, doutor, pescador ou calafate
E a todo o trabalhador fabril,

Homem ou mulher de toda e qualquer arte
Eu desejo a todos, todos graças mil
E a ti, emigrante, espalhado por toda a parte.

Manuel Carvalho Simões



Da foz à nascença

Sol
Luz – espaço – vida
precioso voo
da ave das marés
da foz para a nascente
às avessas pelo sonho
mística procura rio adentro
num espaço ensolarado
atravessando vales e montes
desde as areias longínquas
até aos campos do nosso olhar

Sonho cósmico
silenciosa viagem
da estrela da paz
fonte da vida
o canto da manhã floresceu
com um sorriso misterioso
e uma ave poisou
no beirado da casa.

Branca ave, quem és tu?
Martinho Branco



A Poesia

A Poesia é toda a Natureza
Dos sentimentos uma expressão
Poesia tem muito mais beleza
Se for ditada pelo coração

Muitas vezes nos fala sobre amor
Outras vezes fala sobre paixão
Detém-se no sentimento de dor
E também no descobrir da traição

Reclama em cada verso mais justeza
Sofrimento exprime com compreensão
E chora porque vê tanta pobreza …

Nesta nossa mui querida Nação
Onde afinal há tanta riqueza …
Tão mal feita a sua distribuição.
Chico da Clara


DAR

Nasci …
Cresci …
Vim ao mundo e sou mulher
Nada sou
Sem ter um objectivo na vida.
Queria ser útil
Dar um pouco de mim aos outros
Àqueles que precisam e não têm.
Àqueles que procuram e não encontram.
Aos que têm medo … e que sofrem
Aos que vivem sozinhos e sem esperança
Queria iluminar os seus rostos
Com um sorriso e confiança
Apertar suas mãos
Com carinho e esperança
Dar um novo sentido à sua vida
Dizer-lhes como a vida é bela
Se acreditarmos nela
Dar-lhes Amor … Carinho …
Amizade,
E um pouco de Paz se fosse possível.
Teresa Gonçalves

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