Poema eleito do "Caderno" de Lúcia Perdigão
XIV Encontro de Poesia
A SEARA
A Seara
Ondulante dourada
É o pão de cada dia
É a hóstia consagrada…
É do pobre a alegria
Do alimento esperado.
O campo foi semeado
Com sua mão calejada
E também com seu suor…
Santo Deus…Com quanto amor
Ele a vê desabrolhar
E quando a está a ceifar
Vai pensando… Quanto pão…
Como é bela a seara
Com sua espiga dourada
Que pertence a seu patrão.
Vai ser pequeno o quinhão
Pagamento da Jornada!
A terra foi semeada
Apenas por sua mão
E também com seu suor…
Mas a espiga ceifada
Não é dele … é do patrão…
Vai ser pequeno o quinhão!
E no casebre apagado
Há sempre falta do pão
Que por ele foi semeado
Com sua mão calejada
Com muito amor e suor…
É que a seara dourada
Não é dele… É do patrão!
quinta-feira, 12 de maio de 2011
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