sexta-feira, 11 de novembro de 2011
XVIII Encontro de Poesia - Poemas de Duarte de Torres
Dos vinte e um poemas que compõem o “Caderno” de poesia elaborado para o Encontro de Duarte de Torres, os quais foram lidos neste serão de Sábado, dia 5 de Novembro, na “Garagem das Artes”, este foi o poema eleito pela maior parte dos presentes, para ser publicado no Blogue do NAR e na Pág. do Facebook.
Parabéns ao Poeta
OS MENDIGOS
Eles são os mendigos, os pobres famintos
São uns desgraçados que já não disfarçam
Pois a fome é tanta que a vista se tapa
E o nó na garganta se aperta em nó cego …
Eles são os maltrapilhos que são rejeitados
Para si só pão duro, restos, contentores,
Eles são a visão que não querem que se veja
Vergonha dos ricos que vão à igreja,
Tentando que Deus se engane e lhes dê o céu
A eles que nunca dão nem darão um pouco de seu …
Eles são os mendigos mas ricos da sorte,
Pois continuarão pobres, sempre até à morte,
E Deus lá estará para os recompensar,
Dando-lhes aquilo que nunca lhes quiseram dar …
Eles são os doentes, eles são os esquecido,
Que rangem os dentes e sofrem doridos,
Para eles dos ricos nem os restos vão,
Para eles dos ricos nem as sobras cheiram …
Mas os ricos enfim com falta de amor,
Andam sempre famintos do bem, sem sentir a dor,
E a sua ganância os há-de fartar,
Quando em pó se tornarem e enfim comprovarem
Que a sua mentira enfim acabou,
E a sua miséria agora chegou …
Duarte de Torres
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